Entre o sono e o sonho.

Muitos pensamentos fluem, memórias emergem.

Declamação do meu poema, escrito no âmbito da 15ª coletânea (Tomo I) da Chiado Books).

Dança Onírica: Entre o sono e o sonho




Numa esfera silenciosa, o sono teima em espreitar,

Envolve-me suavemente como um manto a abraçar,

Na penumbra dos meus olhos, nota-se a escuridão,

E no reino dos sonhos, a realidade desfaz-se numa ilusão.

 

No limiar da consciência, dançam sombras e quimeras,

Os sonhos tecem histórias em teias de luz sinceras,

Voo além-fronteiras, onde tudo é permitido,

 Exploro terras mágicas pelo pensamento conduzido.

 

Deslizo entre as estrelas, num céu de prata e cor,

Entrelaçam-se emoções como pinceladas de amor,

As fábulas desenrolam-se como contos de encantar,

E sigo trilhos oníricos, sem me deixar perturbar.

 

Pelo meio de campos ondulantes, feitos de névoa e som,

O inconsciente revela-se como um suave toque de tom,

Os desejos ligam-se como fios de seda fina,

E danço ao som das melodias que a mente imagina.

 

A lua é minha confidente, no reino dos devaneios,

O tempo é apenas um sussurro, enquanto viajo pelos anseios,

Os sentidos misturam-se, num caleidoscópio surreal,

Nas paisagens de sonhos, onde tudo pode ser real.

 

Mas ao longe, a aurora anuncia-se, o sono começa a findar,

E dos braços do sonho, lentamente irei despertar,

Ainda trago os ecos dos mundos que percorri,

Agora acordo, serena, sabendo que por ali já vivi.


Elizabete (7 Agosto 2023)



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