Memórias de uma mesa ternurenta e uma chávena intrigante

 

Não é todos os dias que nos deparamos com uma mesa tão ternurenta. A superfície lisa e polida, adornada com um pano de linho branco e delicado, convidava à serenidade. Mas sobre a mesa ternurenta, uma chávena intrigante também roubava a atenção de todos.

Percebi isso, uns dias antes, quando deambulava no centro da cidade.

Não imaginava que uma simples mesa pudesse ser tão ternurenta. Naquele dia, ao entrar na loja de antiguidades, deparei-me com a peça mais encantadora e não hesitei em comprá-la. Parecia carregada de uma aura especial. Assim que a trouxe para casa, percebi que não era apenas uma mesa. Sentarmo-nos à sua volta era como receber um abraço caloroso.

A partir desse dia, a mesa tornou-se palco de encontros inusitados. Certa tarde, quando reuni amigas para um chá, descobri que a chávena intrigante, herança de uma tia afastada, também guardava segredos encantadores. Era mais do que um utensílio, era uma fonte de histórias fantásticas que, de alguma forma, se entrelaçavam com a ternura da mesa. Não era uma chávena comum; era uma peça única, uma mistura exótica de cores e formas. A sua alça, curvada de maneira peculiar, desafiava as formas convencionais de design. A cerâmica, com padrões estranhos, contava histórias de um passado distante. À primeira vista, a chávena parecia deslocada, mas naquela mesa ternurenta, rapidamente, encontrou o seu lugar. Parecia dialogar com a mesa, envolvidas pelas conversas que fluíam entre risos e suspiros.

Ao final do dia, quando a luz da tarde se desvanecia, olhei para a mesa ternurenta a para a chávena intrigante e naquele momento, percebi que não eram apenas objetos, mas guardiões de memórias.

Nunca poderia imaginar que o mais improvável se transformasse em poesia. Seriam testemunhas silenciosas que o tempo não apagará, não.

Elizabete, 26 Janeiro 2024

 

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