A troca de energias pelo olhar é um elo invisível que une corações, mentes e almas. A dança entre almas realiza-se subtilmente. Ninguém nota, mas os sentimentos entrelaçam-se e comunicam sem palavras. Os corações aquecem. Gostaria que houvesse mais troca de olhares que terminam em sorrisos. Setembro 2023
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Elizabete Alves
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Vozes inseguras nos palcos das redes sociais Nas profundezas das plataformas digitais, ecoam vozes inseguras, prontas para partilhar com o mundo, os seus pensamentos e emoções. Não se trata de protagonismo, mas sim uma forma de passar aos outros o que teima em se esconder, pelo que ao arrumar-se pensamentos, arrumam-se emoções. O mundo virtual, palco onde as vozes mais tímidas encontram coragem para se expressarem, é o veículo mais ousado. Aqueles que escondem as suas almas nos cantos escuros procuram por luz. Uma luz fascinante que os incentive e oriente, revelando ao mundo uma pessoa completa, com as suas alegrias, medos e inseguranças. É, de facto, uma dança delicada, um equilíbrio frágil entre o desejo de se abrir e o receio do julgamento alheio. Partilhar pensamentos íntimos e emoções genuínas é um ato de vulnerabilidade. Aqueles que rotulam essa expressão de egocentrismo ou vaidade, não compreendem a sua verdadeira essência. De forma saudável, estabelece-se ligação com os o...
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Elizabete Alves
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Entre o sono e o sonho. Muitos pensamentos fluem, memórias emergem. Declamação do meu poema, escrito no âmbito da 15ª coletânea (Tomo I) da Chiado Books). Dança Onírica: Entre o sono e o sonho Numa esfera silenciosa, o sono teima em espreitar, Envolve-me suavemente como um manto a abraçar, Na penumbra dos meus olhos, nota-se a escuridão, E no reino dos sonhos, a realidade desfaz-se numa ilusão. No limiar da consciência, dançam sombras e quimeras, Os sonhos tecem histórias em teias de luz sinceras, Voo além-fronteiras, onde tudo é permitido, Exploro terras mágicas pelo pensamento conduzido. Deslizo entre as estrelas, num céu de prata e cor, Entrelaçam-se emoções como pinceladas de amor, As fábulas desenrolam-se como contos de encantar, E sigo trilhos oníricos, sem me deixar perturbar. Pelo meio de campos ondulantes, feitos de névoa e som, O inconsciente revela-se como um suave toque de tom, Os desejos ligam-se como fios de seda fina, E danço ao som das melodias...
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Elizabete Alves
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Renascimento A vida é pautada pelo compasso do quotidiano. Poucos são aqueles que esperam que, de um momento para o outro, o ritmo possa ser brutalmente interrompido. O Acidente Vascular Cerebral (AVC), a maior causa de morte em Portugal, aparece como um ladrão na noite, à procura de roubar a liberdade e a autonomia, outrora dadas como adquiridas. − Que idade tens, Raul? −10, 20, 30, 40 e 50 é a minha idade. Se não for assim, já não consigo lá ir. Tive de arranjar este sistema. É assim que o meu cérebro funciona. As vítimas de AVC vivem o desamparo, a dor, a resistência numa luta inglória, mas sempre movidas pelo amor e responsabilidade dos seus cuidadores. Cada caso é um caso, mas há que desenredar a complexidade da experiência humana que envolve o AVC. «Só 30% dos sobreviventes de AVC têm o tratamento recomendado», assim foi dito por uma jornalista no Jornal Expresso. https://expresso.pt/sociedade/saude/2024-04-04-So-30-dos-sobreviventes-de-AVC-tem-o-tratamento-...
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Elizabete Alves
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Sinais da vida Os anos pesam. O sofrimento é diário. Vive-se um dia de cada vez, mas a realidade é nua e crua. Os pensamentos recuam no passado de forma atroz. O tempo, esse, corre veloz e inexorável. A varinha de condão teima em não aparecer. Seria bom que parasse o tempo. Seria bom que não deixasse sofrer. Nunca mais viu sorrir, sem hipótese de corrigir. Não o tempo, mas as asneiras que saltam e permanecem sem cura. A vida continua, insegura. O corpo carrega muito, é verdade. Mas, a alma suporta muito mais. Parece inexpugnável, porém os resquícios embrandecem, a força enfraquecem. Vive-se em conflito permanente, certos dias, até, numa alegria latente. Em outros ainda, a mente vislumbra-se dúctil. Nas questões prementes, revela-se inútil. Esperanças confrangidas restam no interior. Ínvios caminhos ressaltam o seu pior. Não se ajuda. Não se consegue. Não se podem estugar os desejos. É proibido evitar os ensejos. Mas, tudo parece falhar. As adversidades não deixam alcançar. Contin...
Lindo! Beijinhos, Leonor.
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